quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Crowdsourcing: o público como aliado das corporações

Artigo de Alex Sanghikian

O crowdsourcing foi apregoado ao longo dos últimos anos, de meados de 2006 a 2008 como uma solução inovadora para alguns dos entraves mais marcantes das organizações. O processo de utilizar a sabedoria das multidões – dentro delas seus próprios clientes, para trazer novas ideias, conceitos e resolver problemas - começou a ser visto como uma revolução. Afinal, se a opinião do público era tão precisa quanto se afirmava, e os resultados tão bons, a técnica se desenhava não apenas como uma alternativa para melhorias e criação internas de novos produtos/serviços, como também para a própria utilização de agências terceirizadas de publicidade, marketing e inovação. Afinal, o próprio público seria o responsável por escolher as campanhas e conceitos que mais lhe trazem impacto.

Ao longo desses anos, muitas experiências foram feitas com base nesse conceito por companhias de ponta, como Nike, Procter & Gamble, Starbucks, dentre outras. Os resultados, em alguns momentos, foram satisfatórios. Em outros, não.

O objetivo deste artigo é levantar algumas hipóteses tanto para insucessos quanto sucessos, com base na análise de casos e tendências, assim como apontar para uma evolução do uso, escorada no Hype Cycle, da Gallup, e nas práticas de bom uso do crowdsourcing apregoadas por especialistas, como Jeff Howe.

Conceito

A origem do crowdsourcing remonta a 2004, quando da publicação da obra Wisdom of the Crowds 1, de James Surowiecki. O livro traz a ideia central na qual se escora a técnica. Com base numa série de casos, a obra define que a opinião de um grupo grande de pessoas, com suficiente independência entre si, diversidade e descentralização, é mais próxima da realidade do que a opinião de especialistas.

Porém, foi apenas em 2008 que o conceito foi efetivamente criado, por meio do livro Crowdsourcing 2, do jornalista norte-americano, Jeff Howe, muito embora a técnica já vinha sendo usada de maneira incipiente desde meados do ano 2000, quando da criação do site de colaboração para download e upload de fotos, iStockPhoto 3. A inovação trazida pelo portal era a de permitir que usuários livremente pudessem fazer o upload de suas fotos no site e ganhar com isso a partir da venda para outros internautas.

O crowdsourcing é, portanto, um conceito de negócios que tem como premissa a utilização da inteligência e dos conhecimentos coletivos e voluntários para resolver problemas, desenvolver ou aprimorar novos produtos, tecnologias e serviços, assim como criar conteúdos. A diferença de crowdsourcing para software aberto é que no caso do primeiro a iniciativa é patrocinada diretamente por uma organização, enquanto que no segundo pode vir da iniciativa coletiva de colaborar por parte de um determinado grupo de pessoas.

Assim, essa técnica tem ajudado as empresas a resolverem problemas e buscarem novas ideias e conceitos para seus produtos, assim como governos e demais organizações a superarem desafios relativos às suas áreas de atuação.

Ferramentas

Para dar início a um projeto de crowdsourcing, é importante conhecer ao menos as mais importantes ferramentas utilizadas para tornar essa técnica realidade. De acordo com o autor e reconhecido guru futurista de negócios, Ross Dawson, são seis as principais ferramentas para dar início a um projeto desse tipo. São elas:

  1. Plataformas de inovação distribuídas – Trata-se de plataformas para dar suporte aos processos de inovação, como Innovation Exchange e ideaken;
  2. Plataforma de ideias – Espaços onde é possível compartilhar ideias sobre processos internos e externos, como a plataforma Spigit;
  3. Prêmios por inovação – Desafios criados para fomentar novas ideias, e que premiam os autores dos melhores trabalhos inovadores;
  4. Mercados de conteúdo – Plataformas onde as pessoas submetem seus conteúdos para outras pessoas comprarem, como Threadless e Red Bubble;
  5. Mercados preditivos - Bancos de apostas criados em plataformas de Web 2.0, cujo objetivo é prever algo que irá acontecer no futuro por meio da inteligência coletiva;
  6. Plataformas de competição – Espaço que promove a competição de trabalhos ou ideias criativas, de modo a identificar expertises e conceitos inovadores. Exemplos: DesignCrowd e CrowdSpring.

Evolução do uso

O início da popularização do uso do crowdsourcing nas organizações e na mídia, principalmente nos Estados Unidos, teve como consequência a adoção da prática por uma série de empresas de grande porte. Os exemplos são os mais variados: Starbucks, Dell, Procter & Gamble, BestBuy, Nike, dentre outras, fizeram uso da técnica para aprimorar e criar novos produtos e serviços.

A utilização com sucesso do crowdsourcing vem aliada a algumas condições. A principal delas, e defendida de forma ferrenha por grande parte dos precursores da sua divulgação no meio organizacional, dentre eles Jeff Howe, é que você não engana o público. O que significa isso, porém?

Para Howe, o público não é tolo, e sabe quando está sendo apenas usado com o propósito de ser uma mão-de-obra grátis para uma organização resolver seus problemas. Segundo ele, o público é movido não apenas pela recompensa, mas pela satisfação profissional. Ou seja, a própria colaboração pode vir a ser a recompensa e motivação 4, desde que claramente divulgada e conduzida por parte da organização.

A corrida pelo uso dessa técnica inovadora - ainda sem um embasamento profundo por grande parte das organizações - ao longo dos últimos anos mostrou que o crowdsourcing pode não trazer resultados tão precisos quanto o esperado. A imprensa especializada aponta, desde meados de 2008, para alguns resultados pouco expressivos. O principal motivo, de acordo com grande parte dessas publicações, dentre elas a BusinessWeek 5, é o fato de algumas companhias terem adotado o conceito como uma simples maneira de usar o público para resolver seus problemas, ao contrário do que prega Howe, sem se preocupar seriamente em oferecer recompensas reais ou uma divulgação efetiva das boas ideias e de seus autores.

Um exemplo desse tipo de prática vem do projeto Assignment Zero 6, primeira iniciativa de crowdsourcing da NewAssignment 7, uma plataforma com o objetivo de divulgar a inovação no jornalismo. Este projeto de 12 semanas, realizado em 2007, tinha como objetivo a criação de uma reportagem sobre crowdsourcing e suas melhores práticas em conjunto com os internautas.

Porém, alguns problemas na sua estrutura levaram o Assignment Zero a não atingir seu objetivo. Dentre essas dificuldades estava o fato de o desafio ter sido colocado no site de forma muito vaga, causando confusão entre os usuários. Além disso, a organização criou tópicos temáticos para os participantes, porém, eles queriam debater sobre outros assuntos. Por fim, não havia qualquer moderação para dar boas-vindas aos participantes, e apenas uma pessoa para responder a dúvidas dos usuários.

Assim, mesmo com cerca de 500 contribuidores em potencial inscritos no site,
houve pouca contribuição para o projeto.

Os problemas levaram os organizadores a recrutarem mais pessoas para a mediação, porém, tal esforço não ajudou, já que esses profissionais não tinham experiência no ambiente web. Somente ao fim do projeto foi criado um ambiente livre de colaboração, por meio de comunidades, onde os usuários puderam participar abertamente, fato este que levou a um aumento do interesse por parte dos internautas. Mesmo assim, porém, a participação ainda era baixa, até que os organizadores descobriram que os participantes estavam mais interessados em entrevistar especialistas indicados pelo portal do que propriamente escrever um texto em conjunto.

A partir do momento em que tal espaço foi liberado, a colaboração aumentou, rendendo alguns dados interessantes. Entretanto, o resultado ainda foi aquém do esperado, em virtude também da falta de disponibilidade de todos os especialistas requisitados para entrevistas 8.

O público em xeque

Essas distorções no uso da técnica, como as do exemplo do Assignment Zero, trouxeram consigo uma série de dúvidas sobre o real valor do crowdsourcing para as corporações.

Grande parte dos problemas levantados veio por meio de articulistas de negócio 9. Uma das críticas é a de que não é o público quem resolve problemas e traz inovações para as empresas, mas sim o talento e a dedicação de alguns poucos indivíduos nesse meio, capacitados para isso e com tempo e vontade de trabalhar nesses conceitos. Tais argumentos, porém, deixam de lado a ideia de que o crowdsourcing se faz também da participação coletiva e única de indivíduos, ou seja, tanto da solução em conjunto de problemas e da colaboração quanto da participação individual, que pode, por si só, trazer uma solução desejada.

Amadurecimento do uso

Segundo alguns especialistas voltados a defender o uso do crowdsourcing ante essas críticas, vale destacar o Crowdsourcing Directory 10, um blog especializado na técnica, que conta com a participação de alguns especialistas no assunto de todo o mundo. Uma das ideias levantadas é a de que o conceito atualmente passa por um processo idêntico ao da Hype Cycle 11 de tecnologias emergentes, da Gartner, representado abaixo:

Imagem 1: Hype Cycle, da Gartner 12


Segundo os especialistas, o momento de euforia pelo qual as organizações passaram em relação ao crowdsourcing passou no início de sua implementação seria o “Pico das Expectativas Inflacionadas”, quando muitas empresas participaram de uma corrida por esse tipo de inovação. Logo em seguida, com alguns resultados aquém do esperado, veio o período de “Desilusão”, com o aumento das críticas e a menor adoção no mundo organizacional.

A ideia defendida dentro do Crowdsourcing Directory é a de que passamos atualmente por um período de “Declive de Esclarecimento”, ou seja, a fase em que o conceito começa a ser melhor entendido e utilizado pelas empresas, como o próprio Jeff Howe defende em seu blog 13, ou seja, o uso da técnica de modo valorizar o público e não apenas “usá-lo”.

Assim, as boas práticas de um projeto bem conduzido de crowdsourcing passam por elementos como:

• Comunicação clara e sincera com o público sobre os objetivos do projeto e os desafios apresentados;
• Formas igualmente claras de recompensar o público pelo esforço. Não é preciso necessariamente uma recompensa em dinheiro, mas sim expor claramente quais os benefícios decorrentes da participação, como divulgação do trabalho entre demais colaboradores e empresas, ou a simples colaboração;
• O público deve ser sempre diversificado, de modo a poder trazer soluções criativas e diferentes para os problemas;
• O uso de ferramentas e técnicas de mídias sociais, como comunidades, ajuda na colaboração e troca de conhecimentos entre os participantes, estimulando mais a participação.

Um bom exemplo de uso do crowdsourcing vem da companhia de software Mozilla, responsável, dentre outros produtos, pelo browser Firefox. O modelo adotado pela empresa é um dos mais bem-sucedidos que existem quanto à colaboração de pessoas das mais diversas formações. Por meio de uma série de canais disponibilizados em seu portal 14 na internet, a organização conta com colaboradores de todo o mundo, responsáveis por cerca de 40% de toda a produção da empresa, desde códigos até logotipos.

O modelo de colaboração do Mozilla não se sustenta apenas pelo fato de a companhia não ter fins lucrativos. De acordo com entrevistas 15 conduzidas junto a contribuidores da empresa, o que importa mesmo é o compromisso da organização em criar uma comunidade de colaboradores e de liberar o acesso ao uso dessas inovações.

O estudo mostrou assim três principais razões que levam ao sucesso do modelo de crowdsourcing do Mozilla:

• Os interesses da organização estão alinhados aos do público;
• Os usuários podem obter reconhecimento pelos seus esforços;
• Os participantes podem interagir livremente com outros internautas com os mesmos interesses.

Além disso, algumas outras iniciativas servem para reforçar a ideia de amadurecimento do uso da técnica, como a utilização com sucesso do crowdsourcing por Barack Obama 16 em sua campanha eleitoral; o uso da técnica por parte do governo de Cingapura 17 para reduzir os gastos com projetos desnecessários para a população; e a iniciativa holandesa do Battle Of Concepts 18, que oferece aos estudantes universitários a possibilidade de auxiliar as organizações na solução de problemas internos, dando-lhes visibilidade no mercado.

Conclusão

O crowdsourcing, assim como grande parte das novas técnicas oriundas da difusão da Web 2.0 no dia a dia das corporações, ainda carece de tempo e uso para ser devidamente utilizado e para que se possa entender claramente quais as melhores maneiras que a técnica poderá ajudar as organizações em seus processos internos e inovações.

Fica evidente, porém, que o crowdsourcing passa por um período de amadurecimento de uso. Se por um lado as críticas e alguns maus resultados na implementação do conceito o colocaram em xeque em determinado momento, por outro têm servido como ferramenta natural para que a técnica tenha suas boas práticas de uso sedimentadas pelo mercado.

Em muito isso vai depender da adoção correta desta técnica pelas organizações: a utilização efetiva do crowdsourcing como via de mão dupla. Ou seja, se por um lado as corporações ganham com as ideias e o trabalho dos usuários, por outro, o público também é beneficiado, seja com a pura e simples satisfação em colaborar, seja com a divulgação de seu trabalho, ou com algum outro tipo de prêmio. A ideia central, novamente, é a de que a organização deve ser direta e sincera com o público e não tentar enganá-lo com recompensas que pouco agregam, ou com uma falsa cultura de colaboração.

Com o amadurecimento do uso, o crowdsourcing segue agora na fase que a Gartner denomina como “Plateau de Produtividade”, ou seja, o momento em que a nova tecnologia entra em um período de uso “sustentável”: atinge seu estágio de maturidade no mercado. Porém, ainda não é o momento de se trazer uma definição precisa de como será o futuro do seu uso, seja por grandes empresas, seja por iniciativas de pequenos empreendedores, mas sim destacar que a boa utilização da técnica aponta diretamente para benefícios tangíveis e claros para as organizações.



Bibliografia


  1. SUROWIECKI, James. The Wisdom of Crowds: Why the Many Are Smarter Than the Few and How Collective Wisdom Shapes Business, Economies, Societies and Nations.Doubleday, Anchor, 2004, EUA, 336 pgs.
  2. HOWE, Jeff. Crowdsourcing. Why the Power of the Crowd is Driving the Future of Business. Crown Business, 2008, EUA, 312 pgs.
  3. http://istockphoto.com 
  4. BRABHAM, Daren C. Moving the Crowd at Threadless: Motivations for Participation in a Crowdsourcing Application.
    http://www.darenbrabham.com/files/brabhamthreadless.pdf
  5. http://www.businessweek.com/innovate/content/jan2010/id20100122_047502.htm
  6. http://zero.newassignment.net/
  7. http://www.newassignment.net
  8. GEERTS, Simone, A. M. Discovering Crowdsourcing. Theory, Classification and Directions for Use. http://alexandria.tue.nl/extra2/afstversl/tm/Geerts%202009.pdf
  9. http://www.forbes.com/2009/09/28/crowdsourcing-enterprise-innovation-technology-cio-network-jargonspy.html
  10. www.crowdsourcingdirectory.com
  11. http://www.gartner.com/pages/story.php.id.8795.s.8.jsp#2
  12. http://en.wikipedia.org/wiki/Hype_cycle
  13. http://crowdsourcing.typepad.com/
  14. http://www.mozilla.org
  15. http://www.businessweek.com/technology/content/jul2009/tc2009071_384108.htm
  16. http://change.gov
  17. http://app.mof.gov.sg/cutwaste
  18. www.battleofconcepts.nl; www.battleofconcepts.com.br

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Hans Rosling no TED: Mudando modelos mentais pelo poder das Gráficas Dinâmicas






Hans Rosling mostra uma forma poderosa como muitos preconceitos e mesmo nossos modelos mentais podem mudar. Os números quando organizados e cruzados e é claro usando criatividade + tecnologia podem fazer grande diferença. Aqueles com dificuldade de entender o inglês de Hans podem ir no site do TED e acompanhar com a tradução em português  Tem mais alguns videos do Hans no TED e também tem um site onde podem baixar os programas Flash, todos parametrizados. Talvez sejam útieis para a construção de cenários ou mudar o modelo mental de seus colegas. Vai para GAPMINDER e faça o download. Para os mais curiosos no assunto de cenários e informação estruturada através de uma visão dinâmica naveguem no site que irão encontrar muitos temas interessantíssimos disponíveis no site (Recomendo!!) e no Blog de Hans

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O Desafio de Reinventar o WC

This Is What A Toilet Looks Like When Bill Gates Is Involved | Co.Exist: World changing ideas and innovation:

WC não é um tema muito "chick" nem agradável que digamos, nem um projeto onde muitos de nós gostaria de trabalhar. Mas é uma questão urgente e de extrema relevância, do ponto de vista da saúde pública e especialmente pelas vidas perdidas na falta de soluções mais econômicas e acessíveis para os países subdesenvolvidos ou mesmo países em desenvolvimento. Como diz o artigo no link, assombrosamente em pleno século XXI, 2,5 bilhões de pessoas não têm acesso a saneamento adequado e a defecação a céu aberto mata 1,5 milhões de crianças menores de cinco anos a cada ano. Estatísticas mostram que esgoto e questões sanitárias não dão voto, por isso em muito países esta questão é sempre colocada no final da lista das prioridades para os que decidem ou priorizam as políticas públicas, diferente do que acontece com outros setores de responsabilidade da administração pública. Mais polícia, armas ou os gastos na chamada luta contra as drogas possui maior relevância do que sistemas de saúde pública que pode evitar a morte de crianças e que sabemos deverá custar muito caro solucioná-los via sistema de saúde resolutiva.
Uma luz de esperança vem do ativista e também bilionário Bill Gates. A fundação Gates é uma das líderes da nova filantropia e que está envolvida e financiando projetos inovadores voltados a solucionar problemas crônicos que o setor público não consegue solucionar e que exige inovação de alto nível.

Um dos objetivos para este tipo de inovação é "zero emission", por isso a tarefa não é fácil nem simples. Como parte do Desafio de Reinventar o WC, a Fundação Gates distribuiu fundos de apoio de 400.000 dólares para oito universidades para criar banheiros seguros, acessíveis e higiênicos sem uso de água.



U of T Reinvents The Toilet from U of T Engineering on Vimeo.

O importante da nova filantropia, são os projetos de alcance global, aproveitáveis de forma ampla e com efeitos realmente consistentes por meio de uma tecnologia aberta e de fácil disseminação.

Temos também o Mr. Toilet, outro ativista que me chamou a atenção pela sua abordagem de alguém que se importa com as pessoas e as vidas que pode salvar. As estatísticas e imagens são realmente marcantes e em alguns momentos é chocante, mostrando que os problemas são reais e devem ser tratados com a seriedade que merece.

O Brasil possui uma lacuna enorme no que é serviços e infraestrutura sanitária e é perigoso para as próximas gerações que continue assim. Estas soluções podem trazer uma esperança para o setor público tome decisões e absorva este esforço criativo por soluções eco-conscientes .



Meet Mr. Toilet | Jessica Yu from Focus Forward Films on Vimeo.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

"The Mine Kafon": A criatividade voltada para solucionar problemas criados por um bando de imbecis


O setor de armamento conhecido por alguns países como de "defesa" é um daqueles setores onde corre muito dinheiro, corrupção e quem trabalha nesta área precisa estar livre de emoções ou em alguns casos deve perder valores, com o engano de dizer que é uma questão patriótica, onde se você não fizer o inimigo o fará.
Uma arma que este setor de armamento criou são as minas antipessoais ou minas terrestres. Posso dizer que está entre as  armas mais cruéis já inventadas. Tenho o seguinte pensamento, o cara que teve esta ideia, se sabia bem o que estava fazendo merece pagar não somente com a vida. Em alguns casos estes caras podem ter se tornado milionários ao receber royalties por direitos de patente. Para um criacionista como eu, acredito que o inferno é um  lugar muito adequado para premiar um cara destes. Se não tinha ideia do que estava fazendo, o inferno também é um bom lugar para pensar o que fez para o resto da eternidade. Esta é uma das vantagens dos criacionistas em comparação dos evolucionistas.
Por outro lado e olhando melhor para o caso, seria mais justo usar os próprios colocadores de minas e seus respectivos superiores na hierarquia para limpar estes campos. com os pés e mãos. O único complicado desta ideia é que não limpariam muita coisa, não chegariam muito longe. Por isso acredito que o melhor é a ideia "Mine Kafon" de baixo custo.

Para inventar primeiro devemos ter um claro entendimento das necessidades, como também é importante ter um vinculo emocional com o problema, conhecimentos e habilidades específicas. Todos estes fatores moldam a nossa capacidade criativa para solucionar problemas complicados. Esta invenção é realmente concebido em base ao conceito Jobs to be done. Além disso, tem o potencial de ser disruptivo e voltado para solucionar o problema em função das circunstâncias no seu entorno. Resumindo a solução foi bem pensada, ficou como uma solução de baixo custo, fácil de usar e seguro para os usuários do sistema. Alguém poderá questionar, como saber se a área está realmente limpa depois de fazer rodar o sistema?
A minha resposta, se este sistema evitou que alguém tenha o corpo dilacerado, já valeu a pena!!.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

COMO INOVAR DE MODO SEGURO


Um dia desses, um empresário que está iniciando com investimentos em tecnologia na sua empresa me perguntou: COMO FAZER PRA INVESTIR EM INOVAÇÃO DE MANEIRA SEGURA E SEM DESPERDÍCIO.
 A resposta possui variantes, as quais vou comentar brevemente cada uma delas.

 Em primeiro lugar o sigilo, segredo industrial, é a alma de uma empresa. Não existe “parceria”, “amigo do peito” ou até mesmo parentesco que segure o sigilo uma boa invenção, quando a outra parte for mal intencionada. Imaginem se a fórmula da Coca-Cola fosse divulgada, quantas empresas não estariam fabricando e informando que estão fabricando o mesmo produto da Coca-Cola?

Contratos de Confidencialidade estão muito na moda, e devem ser bem redigidos para que não possibilite o tradicional “jeitinho” para burlar e copiar um grande invento.

Por outro lado, uma vez “criado o novo invento”, o detentor deverá se precaver da forma correta, ou seja, antes de depositar a patente de invenção, seria muito bom fazer uma boa busca na base de patentes, tanto nacional, quanto internacional. Com isso o inventor terá uma boa possibilidade de que seu produto contará com o maior de todos os requisitos a INOVAÇÃO DE SUA INVENÇÃO.

Quando for elaborar (redigir) sua patente, tenha a certeza que estará contratando um profissional de alto gabarito, uma péssima redação pode colocar por terra todo um investimento em cima da sua invenção. Bons desenhos e uma redação didática e técnica são a base de uma patente bem feita.

 Lembre-se muito bem, o prazo entre INVENTAR e registrar a sua patente não pode exceder 12 meses. Tenha muito cuidado ao divulgar sua invenção, pois caso não ocorra o registro no prazo, sua invenção cairá em Domínio Público e qualquer poderá explorar financeiramente seu invento.

Autor: Paulo Eduardo Almeida

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A BICICLETA DE U$ 9 DE CARTÃO: This $9 Cardboard Bike Can Support Riders Up To 485lbs


This $9 Cardboard Bike Can Support Riders Up To 485lbs | Co.Design: business + innovation + design:


Izhar cardboard bike project from Giora Kariv on Vimeo.

Uma visão radical do design de uma bicicleta de papelão corrugado como principal matéria prima e que levou 3 anos para chegar a um estágio funcional (ver foto abaixo). Esta é a obra prima do fanático por bicicletas Izhar Gafni. Será que estamos testemunhando a inovação de um inovador conhecido como lead user, nome carimbado pelo Professor Von Hippel (MIT) que o descobriu e estuda desde 1986?. Lead Users são criadores ou usuários que quando enfrentam uma necessidade, e especialmente a vivem primeiro que todos os mortais, fazem uso da criatividade para atender sua necessidade visto que naquele momento em particular o produto que precisam contratar para realizar uma determinada tarefa normalmente não existe. Ao perceber esta necessidade eles mesmos desenvolvem uma solução ou mesmo experimentam produtos em estágio embrionário que podem dar conta da tarefa. Os lead users são minoria na distribuição de usuário e são difíceis de identificar. As empresas hoje estão muito interessadas em identificar e trabalhar com estas pessoas com o perfil de lead users de forma a co-desenvolver inovações. Esta abordagem foi tratada desde sempre por Von Hippel e mesmo ultimamente pelo falecido K.C. Prahalad.

No caso da bicicleta de Gafni a inovação não está na criação de um novo conceito de bicicleta como a conhecemos, senão no processo construtivo e especialmente no uso de um novo material para construir bicicletas. Por muito tempo o paradigma no mundo das bicicletas tem sido o uso de material metálico como principal matéria prima. Sabemos a algum tempo de experiências com outros materiais como é o caso de bicicletas de madeira (ver imagem abaixo). Podemos entender como uma alternativa no conceitos de substituição do material construtivo e estruturalAlias as bicicletas de madeira é uma alternativa, porém o que Gafni traz como novidade é a uso criativo do cartão, curiosamente a substituição das rodas é o que mais me chama a atenção no design de Gafni e é claro o uso de um material reciclado. Bicicletas são equipamentos de transporte ecologicamente corretas visto que possuem grande influência no ecossistema como um todo, seja para o transporte das pessoas e sua saúde (criando oportunidade de exercício físico) e na diminuição de poluição do próprio sistema.

O seu custo ficaria muito menor quando produzido em escala e como projeto eco-social. A minha ideia de modelo de negócio para esta bicicleta não seria produção e vendas no varejo (web ou tradicional). Este poderia ser disponibilizado gratuitamente ou alugado para as pessoas usarem no centro das cidades ou bairros, de forma a promover um transporte público alternativo. Estariam incluídos dentro de um modelo de transporte público alternativo e gratuito ou de baixa tarifa. Infraestrutura viária seria necessário para atender o aumento de volume. Sabemos que seria necessário investimentos em ciclovias. Como toda cidade precisa ter um plano para melhorar o sistema viário. Seria simples investir em ciclovia, não posso considerar isto como um empecilho, especialmente pelo retorno e valor social do projeto. Considero isto somente uma questão do líder público acreditar que este projeto traz capital político consistente. Não estaríamos sozinhos nesta empreitada. A França e outros países europeus possuem esta alternativa em funcionamento com bicicletas disponibilizadas pelo governo. Até a cidade do México tem seu modelo, por isso não é novidade. Até São Paulo tem seu próprio projeto piloto. A questão é a escala disto e sua propagação. Uma bicicleta normal simples está acima de R$ 200 a 300, isto as torna um modelo de alto custo de investimento. Podemos dizer que os custos de material de uma bicicleta de cartão serão de 700 a 900 % menores. Mesmo o papelão poderia ser desenhado e produzido especialmente para fazer as bicicletas, isto diminuirá os custos e mesmo melhorar a qualidade do produto. As reduções das etapas e tempos de produção diminuem enormemente o custo unitário, que é o que importa no aumento da produtividade para viabilizar e criar uma real disrupção. 
Imaginemos um pouco um cenário alternativo de alguém precisar ir de um ponto a outro no centro da cidade. Estas bicicletas estariam disponíveis para as pessoas utilizarem de forma gratuita ou a preços que ajudem a cobrir os custos de manutenção e administração do sistema. Alternativamente o sistema pode ser promovido pelos ministérios do transporte, das cidades e da saúde. O foco seria melhorar a saúde das pessoas e diminuir a poluição com menos carros e ônibus na cidade. Especialmente, diminuir o número de carros no centro das cidades. Estes poderiam ser regionalizados e limitados por cores ou mesmo poderiam ser chipados (com GPS) para controle de localização e uso. Podemos considerar como uma potencial disrupção no sistema de transportes (público e privado (táxis)). Um tipo de bicicleta de tão baixo custo feita de material reciclado pode ser uma disrupção de produto e modelo de negócio orientado ao transporte público e ter um alto impacto social. O público pode ser conscientizado para cuidar deles e ser considerado como propriedade pública e responsabilidade da sociedade cuidar. Supervisão será sempre necessária, disk denúncia sempre será útil junto com um sistema de controle. As perdas de bicicletas são prováveis, mas seu baixo custo não comprometeriam o modelo de negócio. As associações ou ONG´s podem administrar o sistema. É somente uma ideia que precisaria de um melhor pensar sistêmico, mas estou dando meus palpites e contribuir dentro de mercado de ideias de melhorar a qualidade de vida nas cidades. 

Somente o tempo dirá, espero que esta passe pelo processo de difusão esperado e se propague e que Gafni encontre o modelo de negócio adequado. Também, pode ser somente mais um modelo curioso na lista da criatividade humana que vai ficar  no conceito que não colou como muitos outros. Este é o dilema de toda ideia radical.

Atualmente Gafni está indo atrás do capital para viabilizar o seu projeto. O importante neste case é a curiosidade do que se pode fazer com materiais alternativos, quebra de paradigmas e a importância da prototipagem como  fundamental no processos de desenvolvimento que leva a inovação. Um belo exemplo da criatividade e inventividade humana!.

A proposta é verdadeiramente radical, não acham?

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Será que ambientalistas linha dura a comprariam esta bicicleta hoje?




terça-feira, 2 de outubro de 2012

Marketing Is Dead - Bill Lee - Harvard Business Review


O Post de Bill Lee da HBR é esclarecedor e o recomendo:

Marketing Is Dead - Bill Lee - Harvard Business Review: "Marketing Is Dead"

A morte do Marketing como o conhecemos é um fato e precisamos ter a decência de confirmar e assinar  o óbito para de uma vez por todas enterrá-lo e assim reconstruir as bases do novo Marketing. A capacitação deverá vir pelas universidades, mas parece que também os livros e manuais de Marketing devem ser reescritos. Michael Porter desde o início da Internet e sua febre que gerou a bolha das ponto com no final dos anos 90, defende que a internet não pode ser encarada como a estratégia de uma empresa, senão é nada mais do que um novo canal de comunicação que deverá ser escolhido em função da estratégia da empresa. Muitos defensores da internet como estratégia não gostaram do questionamento de Porter. No final das contas ele tinha toda razão. Os negócios na internet e os empreendedores caíram na real após a queda das ponto-com.   Mas uma coisa é certo, do ponto de vista da estratégia de marketing a internet se tornou algo muito maior do que um simples canal, ele se tornou em algo superior a tudo que conhecemos como canal de comunicação. Especialmente o poder das redes e sua descentralização, conexões e a interatividade entre os indivíduos / clientes com todos os níveis e camadas no mercado. Este aumento na complexidade do contexto do marketing nos leva a lembrar as palavras do grande Albert  Einstein:

"Sem mudarmos nossos padrões de pensamento, não seremos capazes de solucionar problemas que criamos com nosso padrão de pensamento normal"

Estadão: Histórias inovadoras para você se inspirar e diferenciar de uma vez por todas o seu negócio

A FDC identificou que mais da 50% das médias empresas brasileiras investe 0% em inovação. Isto significa o que?,  ou não precisam de novidades ou são empresas que não irão alcançar a idade média esperada.
Não inovar na maioria dos casos pode ser fatal. Por outro lado existem negócios que fazem parte de uma cadeia muito bem montada e que a teoria do negócio está definida e protegida, não necessariamente eterna, mas com uma projeção fluída e sem possibilidade alguma de disrupção no curto ou médio prazo e até mesmo no longo prazo. Vejam o caso dos cartórios, quando foram implementados e incorporados na vida dos cidadãos e até estrangeiros e  turistas, fazem mais de um século. Até Collins & Porras dirias que estas foram feitas para durar. Até o momento os cartórios convivem com a incorporação de tecnologias adquiridas de terceiros, por isso são rapidamente implementadas pela maioria (informatização das operações) sem criar nenhuma diferenciação real. A burocracia é um baluarte que protege este modelo de negócio. Simplesmente,uma modernização com diferencial momentâneo. Outro caso são as farmácias, tenho percebido poucas mudanças do que era uma farmácia no início do século das farmácias atualmente. A inovação para este tipo de negócio não é trivial. Acredito que somente quando tivermos inovações sistêmicas na cadeia na saúde que as sustentam veremos mudanças no modelo. Provavelmente somente veremos mudanças no modelo de negócio das farmácias quando mudanças na cadeia forem realizadas. Não é o caso do varejo de massas de produtos de consumo como foram as inovações que afetaram as Adegas e Lojas de Secos e Molhados, o surgimento das Lojas de Departamento e depois as Lojas de Desconto, para depois surgir os Mercadinhos de Bairro seguido do conceito de Supermercados até chegar ao combinadão dos Hipermercados. Nas últimas duas décadas outros conceitos foram implementados como é o caso do Atacarejo (combinação dos hipermercado e atacadão) e o One Dollar (foco: alto consumo com produtos por um dollar) no Brasil são conhecidas como as lojas de 1,99. Todas estas inovações trouxeram mudanças profundas ao mercado varejista, comportamento de compra (ou febre de consumo) e principalmente maiores vendas e concentração na captura de valor, dando maior poder ao varejo, ou seja os fabricantes perderam muito do seu poder de barganha, margens e onde gastar seu dinheiro de promoção dos produtos. Somente para esclarecer estas inovações podem ser melhor entendidas pelas teorias da inovação disruptivas.

Dos outros 50% (as inovadoras) existem casos muito interessantes de empresas criadas em função de novos produtos / serviços ou novos modelos de negócios. O Estadão publicou alguns cases que podem inspirar. Estes exemplos são alguns entre muito que podemos descobrir todos os dias na web ou nas ruas, onde um empreendedor lança algo que se tornará uma inovação de alto nível ou somente um exemplo a evitar.

Alguns cases da reportagem no Estadão PME:


Malhação diária
Ir à academia diariamente parece uma missão difícil para algumas pessoas, especialmente quando falta vontade mesmo com a mensalidade paga. Pois agora os paulistanos contam com uma nova opção, que é mais flexível. O site GymPass, criado há menos de um mês, vende tíquetes a partir de R$ 14,90 que dão direito a frequentar por um só dia uma das 102 academias cadastradas na página da internet. Os preços variam de acordo com a academia e com o pacote de exercícios contratado, além do auxílio de professores.
Medicina
Ao perceberem a dificuldade que a indústria farmacêutica enfrentava para esclarecer médicos e pacientes sobre o tratamento de doenças crônicas, as empresárias Luciana Guimarães e Vanessa Vasquez encontraram uma boa oportunidade de negócio: investir em comunicação e criar uma ponte entre fabricante e usuário de medicamentos.
Antes de se tornarem sócias, as amigas trabalhavam em uma distribuidora de medicamentos e foi nesse período que notaram a carência por um serviço desse tipo no mercado. Assim nasceu a Íntegra Medical, que começou com capital próprio de R$ 120 mil em 2005 e faturou R$ 12 milhões no ano passado – a expectativa das empreendedoras é chegar a R$ 20 milhões em 2012.
Comida congelada e gourmet 
Risoto vegetariano, franguinho da fazenda, cordeiro com grão de bico e caçarola de carne e grãos. Para quem pensou nos pratos para comer na hora do almoço pode esquecer. As opções congeladas foram criadas para cães pelas irmãs, a veterinária Juliana Bechara Belo e a chef de cozinha Veri Noda. Juntas, elas inauguraram a La Pet Cuisine, uma empresa de comida gourmet natural e balanceada para os bichinhos de estimação.
Bombeiros
Dois bombeiros aposentados tornaram-se empresários milionários nos Estados Unidos ao investirem em uma ideia original: uma rede de fast food que reproduz o interior do quartel em que passaram boa parte de suas vidas. Chamado de Firehouse Sub, o negócio atualmente rivaliza com as principais redes de lanchonete do País.
A vida dos irmãos Chris e Robin Sorensen começou a se transformar após um passeio por Jacksonville, no estado norte-americano da Flórida, 20 anos atrás. Eles estavam cabisbaixos após uma série de aventuras empreendedoras mal sucedidas acumuladas desde a aposentadoria – incluindo uma fazenda de cultivo de árvores de natal, que faliu após a marca de uma única venda registrada.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A Coca Cola inova novamente

Quase todos devem ter ouvido falar em Fatores Chave de Sucesso ou em Fatores Críticos de Sucesso. Para uma empresas de bebidas (alcoólicas ou não alcoólicas) , BRANDING E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO são alguns desses fatores.
Nestes meses novamente a Coca Cola mostra porque é líder global com uma penetração de mercado implacável, sem falar na tremenda força do branding, criando uma vantagem competitiva superior, por isso que se paga mais por uma Coca Cola. Ela atua em todas as camadas sociais e ao mesmo tempo fica atenta a tudo que elas podem oferecer na forma de oportunidades para inovar. O vídeo abaixo mostra que ideias criativas surgem de todas as formas e fontes, por isso uma inovação pelo design de primeira ordem de grande potencial surgiu. Uma inovação orientada seguindo os conceitos do jobs to be done. 

The Coca Cola Bag é uma ideia que pode pegar, mas o importante aqui é que a Coca Cola está acordada, mantendo uma curva de ciclo de vida em permanente evolução, um fenômeno de marketing inigualável. Com relação à nova embalagem ver com maiores detalhes aqui. Um ex executivo da Coca Cola certa vez me disse que o segredo está na marca e não na bebida. Este comentário tiinha sentido, visto que a Coca Cola não é uma maravilha em bebida, talvez quando ela surgiu sim, hoje tem bebidas e muitos sabores para todos os gostos e poderia ser facilmente substituível, mas tem vários aspectos de marketing que marcam uma força de penetração consistente, por outro lado as vezes somos forçados a comprar em função das fraqueza dos concorrentes. Fiquei intrigado, mas no tempo conclui que o segredo não é somente Branding. Distribuição que possibilita disponibilidade do produto e estar presente na mente das pessoas são a chave. Não adianta de nada saber que existe a bebida Coca Cola e não achar nas prateleiras quando quiser a bebida de forma a cumprir com a tarefa.




A grandeza do sistema de distribuição da Coca Cola que até mesmo virou benchmariking para organizações sem fins lucrativos. Melinda Gates (esposa de Bill Gates) promove a grande força da cadeia de distribuição da Coca Cola e mostra o que as ONG´s podem  aprender com sua capacidade de chegar onde poucas organizações podem, especialmente ONG´s focadas na base da pirâmide.


Durante e após a Segunda Guerra foram duas etapas fundamentais para empresa e é quando a Coca Cola inicia seu processo de globalização. A internacionalização e obter o melhor share em todas os mercados, mesmo comprando os concorrentes esta foi a estratégia de conquistar o mundo. Antes de 1996 o único mercado no mundo onde a Coca Cola não era líder era o Peru. Na época a Inka Cola era líder e foi comprada por US$ 300 milhões. Essa foi a maneira como a Coca Cola adquiriu a liderança e não pelo gosto / escolha das pessoas ou pela competente cadeia de distribuição. 
Eu gosto de Pepsi Twist Zero, mas hoje tomo Coca Cola Zero ou outras bebidas, por què? Coca Cola Zero sempre está disponível, por isso penso que a culpa é minha também e a péssima sorte de gostar de produtos da incompetente Pepsi. Desde que a Pepsico ficou diversificando e tenta fazer de tudo, mostrou com isso que capitulou e assinou rendição na guerra das colas - perdeu!!, e ficar com perdedor dá nisso. 



quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Inovação na 3M em português

Mais uma entrevista que sinaliza questões básicas e deixa claro que inovar precisa de cultura, ecossistema de inovação e tecnologia (conhecimeno/habilidades/artefato). A entrevista aconteceu no Conta Corrente com Luiz E. Serafim, Diretor de Marketing da 3M. Muito esclarecedor e relata em detalhes a clássica história do Post-it que todos adoram contar como exemplo de inovação de alto nível.

O site http://www.3minovacao.com.br/ também é uma fonte boa de como a 3M leva a sério a inovação e sua gestão. 





terça-feira, 4 de setembro de 2012

Inovação na Natura


Uma conversa com Luciana Hassiba - Diretora de Gestão e Redes de Inovação na Natura pelo professor Fabian Salum, da FDC.

O que deve ser feito quando a questão é gestão da inovação?  Existem várias maneiras de descrever o que isto significa, mas Luciana Hassiba colocou muito bem, numa síntese de atividades práticas, comportamento organizacional, de sistema e sistemática.

 Somente temos o link para assistir a entrevista.

PARA VER CLICKAR AQUI


sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Innovation Excellence | Top 20 Innovation Articles – June 2012

Innovation Excellence | Top 20 Innovation Articles – June 2012

Para leitores fanáticos sobre o tema inovação  Tem mais estes 20 artigos. Eu achei alguns muito bons. Deixo para vocês o julgamento.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Eventos sobre Inovação

A Inventta e seus parceiros (Simefre, C2i e BGI) estão organizando uma série de eventos sobre inovação em várias regiões do Brasil, confira a programação:



[SP] Recursos Financeiros para alavancar a Inovação
Evento realizado em parceria com o Simefre (Sindicato da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários, Rodoviários e Duas Rodas) com foco em empresas do setor rodoviário e ferroviário para esclarecer sobre as oportunidades disponíveis, como a empresa deve se estruturar para captar recursos de forma eficiente e como obter domínio das especificidades da Lei do Bem, assim como das regras do novo regime automotivo.
[CWB] Inovar-auto: os impactos do novo regime automotivo para os investimentos em inovação
Evento organizado em parceira com o Centro Internacional de Inovação do Senai para discutir  com montadoras e empresas de autopeças sobre os impactos do novo Regime Automotivo para os investimentos em inovação para a cadeia. No encontro, os especialistas da Inventta, apresentarão o contexto da inovação no setor automotivo, os incentivos fiscais do novo regime, os requisitos para utilização deste mecanismo, e os principais pontos controversos da legislação.
[RJ] Óleo & gás: Conecte Gestão de P&D e Recursos Financeiros
Evento organizado em parceira com o BGI para discutir estratégias e práticas para promover a competitividade e a inovação, com foco no setor de óleo e gás. O evento contará com a presença dos diretores da Inventta e especialistas para explorar Gestão de P,D&I em indústrias intensivas em tecnologia, formação de parcerias, uso dos incentivos fiscais à inovação tecnológica, discussão dos pontos controversos do marco regulatório e destaque para os desafios e as oportunidades de captação de recursos para P&D.
  • Dia: 04 de setembro
  • Horário: 9 as 16h
  • Local: EDICIN Edifício Cidade Nova – Anfiteatro A13
  • Rua Ulysses Guimarães, 565 – Cidade Nova – Rio de Janeiro – RJ
  • Inscrições pelo site Sympla: http://abre.ai/fSG
  • Informações: Bárbara Xavier (31) 3337-7418 ou contato@inventta.net

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terça-feira, 31 de julho de 2012

Aprender a fazer Fluxogramas com os Beatles (Paul)

Para quem estiver com problemas em desenhar fluxogramas. Este vídeo talvez ajude a ganhar melhor gosto pelo tema com este novo método de aprendizado que estou chamando de Desenhar Fluxogramas & Karaoke. Muito criativo!

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sexta-feira, 27 de julho de 2012

FINEP anuncia pacote de R$ 1,2 bi com recursos da Subvenção Econômica

FINEP anuncia pacote de R$ 1,2 bi com recursos da Subvenção Econômica:

A FINEP vai lançar um pacote de editais com recursos da Subvenção Econômica, que serão aplicados nos próximos três anos, no valor de R$ 1,2 bilhão. A iniciativa, adiantada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, durante a abertura da 64ª Reunião Anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), apresenta três eixos: chamadas centralizadas pela Financiadora, editais em parceria com outras instituições e também chamadas contemplando a integração de instrumentos financeiros, como a própria Subvenção, o crédito e apoio a instituições científicas e tecnológicas (ICTs). Em breve, será divulgado o cronograma para seleção de projetos.
No caso dos editais descentralizados, a FINEP irá repassar verbas para que parceiros se responsabilizem pela organização e seleção dos projetos de acordo com as demandas regionais, totalizando cerca de R$ 200 milhões.
Já entre os editais centralizados (em torno de 700 milhões), serão contempladas áreas como Defesa, Nanotecnologia e Materiais, Biotecnologia, TICs e Tecnologia Assistiva, esta última também meta do Programa Viver Sem Limite, do Governo Federal.
Lançado durante a Rio+20, o Brasil Sustentável – conjunto de iniciativas voltado à aplicação de R$ 2 bilhões (recursos reembolsáveis e não reembolsáveis) em projetos “verdes” –, também terá chamadas organizadas pela FINEP com recursos provenientes da Subvenção Econômica.
Além dos novos editais, a Financiadora irá disponibilizar recursos da Subvenção para o PAISS (Plano de Apoio à Inovação dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico). Criado no ano passado por intermédio de uma parceria com o BNDES, seu objetivo é fomentar projetos que visem ao desenvolvimento, à produção e à comercialização de novas tecnologias industriais destinadas ao processamento da biomassa  a partir da cana-de-açúcar.
A expectativa em relação ao PAISS é combinar os recursos da Subvenção com as linhas de crédito da Financiadora. Está na pauta, ainda, um novo programa na área de Petróleo e Gás, que também promoverá a combinação de diferentes instrumentos da FINEP. Os dois programas movimentarão cerca de R$ 300 milhões em três anos.

(26/7/2012)

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Bill Gates calls for massive increase in energy research | Green Tech - CNET News

Bill Gates calls for massive increase in energy research | Green Tech - CNET News:

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Os Gates (Melinda e Bill) administram mais de U$ 60 bilhões em filantropia, alguns destes bilhões vieram de um amigo de Bill, Warren Buffett. Este é o novo perfil da filantropia, o interessante é que ambos não acreditam em deixar fortunas obscenas a seus descendentes. Bill Gates na sua cruzada por um mundo melhor tem-se dedicado a alguns temas cruciais para os Estados Unidos e para o mundo, Educação, Saúde e agora Energia. 

Bill Gates em voz de advertência no seu artigo na revista science, reclama que os investimentos em P&D em fontes de energia limpa deveriam aumentar de 5 bilhões (hoje) para 16 bilhões para manter a liderança americana.

O modelo de destruição criativa de Schumpeter prevê que a inovação é sem dúvida catastrófica para setores inteiros. O petróleo é o alvo atual. Devemos ter uma mente aberta e estar preparados para mudanças de paradigmas. O professor Prahalad disse em certa oportunidade, não foi necessário acabar com as pedras para sairmos da idade da pedra. Susan Hockfield quando assumiu a presidência do MIT encomendou uma pesquisa de opinião interna entre professores e pesquisadores sobre os temas de pesquisa para o futuro, o resultado foi obvio, energia é o tema que encabeçou os resultados. Atualmente existem homens de visão e competência que podem transformar o cenário global através de inovações realmente radicais no campo da energia. Inovações surgem em quantidades maiores e cada vez mais rápidas em chegar ao mercado. Os carros elétricos e suas poderosas baterias se tornaram a nova obsessão de alguns países, especialmente hoje são a China, E.U. e Japão, que estão atras das novas tecnologias de armazenamento de energia, e quem sair na frente poderá criar um valor considerável para seus países. O mundo árabe e chaviano financiado pelo petróleo e todo o contexto geopolítico como o conhecemos deverá mudar drasticamente com estas novas tecnologias.

Um fato é que o petróleo mesmo com o pré-sal tem seus anos contados, mesmo com todas as reservas americanas e as que tomaram á força no oriente médio. Sabemos que o mundo não aprende por meios de conscientização, o mercado usa outros meios pedagógicos mais eficazes para mudar os paradigmas. Consumimos cada vez mais petróleo, somente as ondas Schumpeterianas serão as geradoras de mudança do paradigma energia e sustentabilidade. Neste caso a coisa é muito mais séria do que outras ondas que conhecemos. Como se diz o homem foi contagiado pelo american way e ficamos viciados em petróleo e isto vai sair caro para desintoxicar o planeta ou a maioria.

Menos para os tibetanos é claro!.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Como medir sua vida: As claras teorias de Clayton Christensen

Clayton Christensen no TED - Boston.

"Como medir sua vida"

Vale a pena!



Para ver legendado escolher a opção CC e configurar no idioma desejado. 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Finep vai liberar R$ 2 bilhões para inovação - Tecnologia - COMPUTERWORLD

Finep vai liberar R$ 2 bilhões para inovação - Tecnologia - COMPUTERWORLD:

Parte desses recursos será para apoiar projetos voltados para tecnologias de smart grid, ou para redes inteligentes de energia elétrica e outros serviços públicos.


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sábado, 9 de junho de 2012

EdX uma Inovação Disruptica de alcance planetário


Ao analisar os cenários  no setor da educação superior notei vários sinais de inovações surgindo no horizonte. Porém entre os cenários percebi algo que chamou a minha atenção, são as iniciativas e propostas revolucionárias feitas por algumas universidades dos Estados Unidos e entre as mais prestigiadas do mundo. Entre estas temos e que se destacam Stanford, MIT e Harvard. Estas universidades pretendem liderar a disrupção do sistema de educação como o conhecemos por meio de novos modelos. O interessante é que estas estão criando um futuro de certa forma inesperado, tornando-se disruptores de seus próprios modelos de negócio seguindo o postulado, inove ou morra.
Não sou o único a ver estes sinais, ficou obvio quando li o post de Augusto Franco sobre MULTIVERSIDADE, percebi que a coisa estava crescendo em evidência quando escreveu o seguinte: "Pierre Levy (2010) tuitou recentemente que as universidades não têm mais o monopólio do conhecimento, apenas do diploma. É difícil discordar da sentença. Cabe agora ver por quê. E o quê surgirá no lugar dessas instituições medievais que remanescem na contemporaneidade"
Analisando a afirmativa de Levy e respondendo ao questionamento de Augusto Franco, dois casos se tornam símbolos e despertam um insight e ao mesmo tempo é parte da resposta.
Primeiro, a Universidade de Stanford deu o ponta pé na disputa colocando cursos online através da stanfordengineering everywhere. O programa inicia com o curso pioneiro “Introdução à Inteligência Artificial” ofertado entre Outubro a Dezembro de 2010, Sebastian Thrun foi.  o professor. O curso atraiu mais de 160.000 pessoas de mais de 190 países. Os cursos são oferecidos online e free com certificado na conclusão do curso e semelhante ao dado na própria Stanford no presencial. Somente para fazer uma pequena comparação, usando dados Wikipedia, Stanford tem um pouco mais de 15.000 alunos matriculados e a USP tem aproximadamente 73.000 alunos, se alguém tem dúvidas com a escalabilidade das iniciativas. Thrun depois fundou com outros super Stanford nerds a AUDICITY, que oferece cursos online também  no mesmo formato.
Um segundo caso surge no leste dos Estados Unidos. Há algum tempo venho acompanhando as propostas e contribuição do MIT no movimento de democratizar o que acumulou de conhecimento. Um exemplo de sua contribuição do MIT é a disponibilização dos seus materiais didáticos (mitopencourceware) mesmo em diferentes idiomas (entre estes tem vários em versão em português).
Mas o MIT foi mais fundo neste processo, ultimamente um projeto audacioso afetará ainda mais as regras do jogo, e é realmente uma dessas inovações disruptivas "super killers" e radicalmente provocantes para os defensores da manutenção do status quo das universidades. Nos últimos meses aconteceu a criação da not-for-profit Joint Venture entre MIT e Harvard, com a marca EdX. O programa se baseia na iniciativa de educação online do MIT lançado em 2010 com provas e direito a um certificado. São U$ 30 milhões de cada lado para começar.

 

O projeto EdX traz como ideia principal disponibilizar estruturas de conhecimento na nuvem, na forma de  objetos digitais com conteúdo multimídia do seu portfólio de disciplinas presenciais. O portal EdX oferecerá cursos online tal qual são oferecidos no formato presencial pelas duas instituições, porém online. Seu conteúdo será disponibilizado em várias mídias, como gravações em vídeos das aulas presenciais, aulas virtuais como as que Sal Khan popularizou na web, material didático – (material pedagógico, mesmo o livro texto da disciplina, etc), e o principal de tudo será free.
O terceiro ato é o COURSERA, resultado da união entre as famosas Princeton, Michigan, Pennsylvania e Stanford que seguem o mesmo caminho na oferta on line de cursos de alto nível. Parece que a coisa está ficando cada dia que passa cria forma. 
O modelo das universidades com origem dos anos de 1.088 A.D. e aquilo que entendemos o que é uma universidade hoje, deverá sofrer mudanças profundas nos próximos 10 a 15 anos. Estas joint ventures efetivadas pelas mais prestigiadas universidade do mundo pode gerar grandes efeitos no sistema educacional mundial. Não é pouca coisa, somente a meta da EdX tem enfoque global e meta para atingir uma população de 1 bilhão de pessoas, pensemos  um pouco, são somente duas universidades servindo 1/7 da população mundial. Não é somente mais um projeto é uma inovação de alto impacto e um insight de algo que poderá mudar todos os conceitos de educação superior como a conhecemos.
Temos ouvido falar muito de ensino a distância (EAD) e seus benefícios, mas esta proposta de valor e modelo de negócio, especialmente, traz componentes de diferenciação nunca vistos antes. Especialmente pela contínua melhoria das tecnologias de ensino a distância, os seus custos de distribuição e mesmo o alargamento da banda. Um exemplo simples é uma tecnologia em embrião, onde vídeos no Youtube podem ser legendados em função da voz e assim traduz do inglês para outras línguas como desejado pelo expectador. Testem o vídeo acima, apertando o batão "CC" na base de controles do vídeo. Esta é uma das típicas inovações disruptivas, que quando inicia é de baixo desempenho, mas evolui progressivamente melhorando e supera as tecnologias dos titulares, ou mesmo a tarefa de tradutor como o conhecemos poderá ser substituída. Os fãs de ficção científica devem lembrar dos sistemas de tradução simultânea nos filmes Jornada em Estrelas ou Guerra nas Estrelas. Em 1997 comprei um sistema da IBM de comando e reconhecimento de voz, o ViaVoice. O sistema falhava muito e tinha um dicionário limitado. Atualmente celulares possuem sistemas cemelhantes e funcionam muito bem. Acredito que mais 10 anos teremos os sistemas de tradução muito eficientes e eficazes, como também mecanismos de inteligência artificial que aprenderão rapidamente as nuances, subjetividade, gírias e outras características idiomáticas, vencendo as barreiras atuais da tradução por instrumentos digitais, assim teremos opções muito interessantes de comunicação global viabilizando cada vez mais a educação em massa e global online.  
Hoje qualquer pessoa poderis se matricular no curso online oferecido pelo MIT, "Circuits and Electronics"  6.002x (é um projeto piloto do EdX). O curso é dado pelo Professores Anant Agarwal, com Gerald Sussman e Piotr Mitros, nos moldes semelhantes aos dados no próprio MIT. O curso atraiu mais de 120.000 alunos, embora apenas cerca de 10.000 ficaram no curso até o exame de metade do período.
O difícil de prever são as consequências do projeto, mas que dá o que pensar e uma dor de cabeça para outros, vai.

Clayton Christensen e colaboradores em suas duas últimas obras orientadas à educação, “Disrupting Class” e “Disrupting  College”, descrevem melhor o fenômeno e apontam este tipo de mudanças que deverá acontecer com maior frequência no futuro. Resumindo o fenômeno é analisado com as lentes da teoria da inovação disruptiva ou de ruptura para outros. Este tipo de inovação quando surge são aqueles produtos ou serviços de baixo desempenho, porém com os anos ou mesmo meses avança em desempenho e rompe com os modelos estabelecidos pelas empresas titulares, que naquele momento os seus lideres  acreditam que amanhã será um dia como ontem. Para enfrentar a inovação disruptiva existem vários pontos onde se precisa ter cuidado. Existe a necessidade de atender com novas proposta de valor as necessidades dos que pertencem aos segmentos de não consumo ou aqueles menos exigentes.
Nos últimos 10 anos testemunhamos o crescimento dos cursos de graduação, pós-graduação 100% Educação a Distância (EAD) ou híbridos (EAD + Presencial). Pelos índices de satisfação de alunos o modelo melhorou muito nos últimos anos do que era no final dos anos de 1990. Mudanças de canal de distribuição (de satélite para web) que a tornou cada vez mais capaz, simples, conveniente e estruturas de custos mais competitivas. A evolução das tecnologias de suporte para esta forma de serviço de educação tem melhorado sua acessibilidade. A teoria da inovação disruptiva foi uma voz de advertência para os titulares. Muitas universidades têm investido em EAD e se percebe algumas delas fracassando em seus empreendimentos, especialmente pelas falhas no modelo de negócio. A simples adição de cursos EAD em modelos de negócio tipicamente orientados para o formato presencial mostram os especialistas que foi a principal falha estratégica e que afeta o desempenho operacional é claro como um todo. Desconsiderando a necessidade de ter um modelo de negócio e estratégia formatada pelas competências, segmentos de clientes prioritários, necessidades e prioridades identificadas, capacidades, e outros atributos.
Uma tendência será termos universidades que somente concentrarão seu modelo de negócio nos direitos de avaliar a qualificação e certificar estudantes indivídais. Em outras palavras o modelo de negócio essencialmente será de vender diplomas, prestígio e conhecimento específico, escasso e de alto valor. Não mais terão o monopólio do ensino aprendizado como o conhecemos. Um dos  objetivos dos projetos que irão acontecer com maior frequência é criar, organizar e armazenar conhecimento explícito (por enquanto) será disponibilizado na Cloud e a maioria deste conteúdo será livre e em vários idiomas. Acredito que a nova filantropia poderá contribuir neste sentido de acelerar o processo de disrupção. São bilhões de dólares nas mãos de profissionais e gente com visão que poderá financiar estas disrupções como acontece atualmente nos projetos para criar a escola do século 21. Projeto orientado para escolas públicas, gerando uma educação altamente diferenciada e de qualidade formando o estudante para a realidade do século 21. Entre os novos filantropos temos o casal Gates que também administra não somente a própria fortuna orientada, mas também os bilhões filantrópicos de W. Buffet. Outros bilionários estão sendo convencido a fazer o mesmo movimento de mudar coisas que o setor público fracassou e com objetivos de criar verdadeiras mudanças na qualidade da educação para todos.