quinta-feira, 31 de julho de 2014

Momento Eureka: Inovação - Invenção - Lead Users - JTBD

Quando somos colocados em contato ou assistimos um vídeo demonstração de um novo produto inovador e curioso pela sua solução criativa, nos admiramos, mas é tão simples !! ou questionamos, como ninguém pensou nisso antes? Vejam no filme a seguir a Ferrramenta Soquete Gator Grip. É impressionante o que a criatividade pode fazer. O invento é especialmente matador e tem tudo para dar certo




Agora podemos tratar de outra invenção e perspectiva, as malas que por séculos eram carregadas no braço ou mesmo arrastadas. Aconteceu no aeroporto, quando o Sr Bernard Sadow em 1970 mudou a nossa vida de carregadores de malas. Abaixo é descrito (no New York Times) o seu momento Eureka:
...... Mr. Sadow, ..., teve seu momento Eureka em 1970, ele carregava duas malas pesadas por um aeroporto quando regressava de férias com a família em Aruba. À espera na alfândega, ele disse, que observou um trabalhador sem esforço rolando deslizando com rodas uma máquina pesada .
"Eu disse à minha esposa: 'Sabe, isso é o que precisamos para as bagagens'", lembrou o Sr. Sadow. Quando voltou a trabalhar, ele tirou  fora as rodas de 
 um guarda-roupa e os montou em uma grande mala de viagem. "Eu coloquei uma alça na frente e puxei, e deu certo", disse ele.
Esta invenção, para a qual ele detém a patente nos Estados Unidos que é a No 3653474, "Rolling bagagem," não decolou imediatamente, no entanto pacientemente tomou conta do mercado.




No início as rodinhas não chegavam inteiras entre os aeroportos, mas com o tempo e o surgimento de plásticos cada vez mais resistentes e criatividade e invetividade adicional, as soluções são robustas hoje. 

Em 1989 um upgrade e mudança de paradigma: O piloto  Bob Plath da Northwest Airlines desenvolve a mala Rollborad para tripulantes.

possibly plath
O que podemos dizer é que demorou um tempão. Vejam bem, a roda que é a invenção mais complicada da solução tem milhares de anos. Outra percepção, foram usuários de malas e não alguém que trabalha com este produto que criaram as soluções. Este fato apoia a teoria dos Lead Users do Professor Eric von Hippel do Sloan School - MIT. Mais informação sobre o trabalho do professor e sua teoria clickar aqui.
Naquele tempo o design thinking não existia, nem mesmo o design se cruzava ou se integrava aos temas engenharia e marketing com muita frequência. Curiosidade, será por isso que as rodas demoraram em chegar nas malas das famosas marcas de luxo como Louis Vitton ou Gucci, estas são caríssimas e na maioria dos modelos ainda não tem rodinhas. Como não são os donos que as carregam!!. Porém, no final dos anos 1990 os carregadores diminuíram e surgem um pouco menos frescura no dia a dia dos ricos, fez com que as marcas de luxo começassem a colocar rodinhas nas malas.
Paris Hilton Louis Vuitton Luggage
O momento Eureka, normalmente é um acontecimento que não pode ser previsto, mas acredito que podemos melhorar nossa condição mental e espiritual para este momento. Podemos treinar nossa mente a uma disposição à curiosidade, especialmente mudando nosso paradigma de raciocínio de como identificar oportunidades de inovação. Precisamos raciocinar pela lógica conhecida por "Jobs to Be Done - JTBD" (Tarefa a Ser Feita), condicionando-nos a responder com eficácia a uma possibilidade de um momento Eureka.

JTBD
Theodore Levitt dizia aos alunos:
O que a pessoa quer não é a furadeira de ½", é um furo de ½" !

Seguindo o pensamento JTBD as pessoas "contratam" os produtos ou serviços para ajudá-los a realizar uma tarefa, trabalho ou solucionar um problema. Não porque simplesmente "deu na telha comprar alguma coisa." Mesmo em nossa sociedade capitalista e de consumo, não todos somos impulsivos nas compras. Por isso, as pessoas na maioria das vezes contratam produtos e serviços, por que precisam de produtos ou serviços para ajudá-los a realizar alguma tarefa ou trabalho. Estas tarefas podem ser Funcionais ou/e Emocionais (Sociais e Pessoais). No quadro geral, existem as tarefas principais e as auxiliares. Para esta nova forma de ver o levantamento das necessidades o elemento de análise não são mais as pessoas ou o que elas estão pensando, senão a tarefa será o principal elemento de análise.


Compramos ou melhor contratamos uma mala Louis Vuitton, mais por uma necessidade Emocional - Social do que funcional, "como desejamos ser percebidos pelos outros". Ou compramos uma mala com rodinhas com determinadas especificações físicas e dimensionais para atender o que temos como necessidade, "de uma tarefa funcional a realizar as tarefas de organizar, proteger e facilitar o transporte de nossos pertences". Também podemos querer comprar uma mala de cor vermelha, por que gostamos muito desta cor específica ou em outras palavras, importa bastante "como nos sentimos bem e melhor com essa característica", esta é a necessidade de uma Tarefa Emocional - Pessoal. 
Por outro lado, existem vários graus e situações de satisfação com relação às tarefas que realizamos hoje e a nossa expectativa de resultados quando contratamos produtos e serviços para realizá-las. Podemos ter casos de estarmos bem satisfeitos com o produto ou serviço que nos ajudam a realizar a tarefa. Da mesma maneira, mesmo satisfeitos o produto pode oferecer mais do que um cliente espera utilizar do produto (ex. usuários comuns do Computador Pessoal, normalmente usam bem menos do poder de utilidade da máquina). Em outros casos podemos estar insatisfeitos com a solução atual (com resultados incompleto) ou a não existência de uma solução para o desejado resultado esperado da tarefa.
No outro extremo do quadro, existem casos em que as soluções existentes são difíceis ou exigem de certas competências do consumidor para utilizar o produto. Também, existem restrições legais e econômicas, gerando segmentos de consumo, como também de não consumo. 
Com as necessidades extraídas ou identificadas podemos facilitar o momento Eureka, seja pela inventividade, criatividade ou a descoberta de algo que faz realmente sentido.


Se analisarmos o relato do momento Eureka de Bernard Sadow, a identificação da tarefa, a solução vieram juntas e especialmente o questionamento e a mente curiosa, porque isto é assim? ou porque esta tarefa não pode ser realizada com esta outra solução existente e totalmente diferente? 
A descoberta de algo existente e aproveitável para solucionar outros problemas existentes, é o que normalmente move a inovação nestes tempos de informação e inventividade desenfreada. A grande sacada da inovação vem com a prática e disciplina, esta exige cada vez mais mente alerta, curiosidade, observação, comparação, informação, conhecimentos (diversos), cultura, experimentação e prototipagem, polinização cruzada e sentir que tudo pode melhorar.



sexta-feira, 25 de julho de 2014

Os emails de Nadella (novo CEO) e a Visão para a Microsoft

Satya Nadella é o novo CEO da Microsoft Corp, substituindo Steve Ballmer. 
O memo é muito interessante, descreve um pouco quem é Sarya Nadella e aponta  sinais de que a Microsoft  seguirá o percurso e o time das tendências, inovando nos campos do Cloud Computing, Mobile e outras cositas mais. 

Abaixo o e-mail de Satya Nadella aos empregados no seu primeiro dia.



Bold Ambition & Our Core
From: Satya Nadella
To: All Employees
Date: July 10, 2014 at 6:00 a.m. PT
Subject: Starting FY15 - Bold Ambition & Our Core

Satya Nadella's email to employees on first day as Microsoft CEO

Today is a very humbling day for me. It reminds me of my very first day at Microsoft, 22 years ago. Like you, I had a choice about where to come to work. I came here because I believed Microsoft was the best company in the world. I saw then how clearly we empower people to do magical things with our creations and ultimately make the world a better place. I knew there was no better company to join if I wanted to make a difference. This is the very same inspiration that continues to drive me today.

It is an incredible honor for me to lead and serve this great company of ours. Steve and Bill have taken it from an idea to one of the greatest and most universally admired companies in the world. I've been fortunate to work closely with both Bill and Steve in my different roles at Microsoft, and as I step in as CEO, I've asked Bill to devote additional time to the company, focused on technology and products. I'm also looking forward to working with John Thompson as our new Chairman of the Board.

While we have seen great success, we are hungry to do more. Our industry does not respect tradition - it only respects innovation. This is a critical time for the industry and for Microsoft. Make no mistake, we are headed for greater places - as technology evolves and we evolve with and ahead of it. Our job is to ensure that Microsoft thrives in a mobile and cloud-first world.

As we start a new phase of our journey together, I wanted to share some background on myself and what inspires and motivates me.

Who am I?

I am 46. I've been married for 22 years and we have 3 kids. And like anyone else, a lot of what I do and how I think has been shaped by my family and my overall life experiences. Many who know me say I am also defined by my curiosity and thirst for learning. I buy more books than I can finish. I sign up for more online courses than I can complete. I fundamentally believe that if you are not learning new things, you stop doing great and useful things. So family, curiosity and hunger for knowledge all define me.

Why am I here?

I am here for the same reason I think most people join Microsoft - to change the world through technology that empowers people to do amazing things. I know it can sound hyperbolic - and yet it's true. We have done it, we're doing it today, and we are the team that will do it again.

I believe over the next decade computing will become even more ubiquitous and intelligence will become ambient. The coevolution of software and new hardware form factors will intermediate and digitize - many of the things we do and experience in business, life and our world. This will be made possible by an ever-growing network of connected devices, incredible computing capacity from the cloud, insights from big data, and intelligence from machine learning.

This is a software-powered world.

It will better connect us to our friends and families and help us see, express, and share our world in ways never before possible. It will enable businesses to engage customers in more meaningful ways.

I am here because we have unparalleled capability to make an impact.

Why are we here?

In our early history, our mission was about the PC on every desk and home, a goal we have mostly achieved in the developed world. Today we're focused on a broader range of devices. While the deal is not yet complete, we will welcome to our family Nokia devices and services and the new mobile capabilities they bring us.

As we look forward, we must zero in on what Microsoft can uniquely contribute to the world. The opportunity ahead will require us to reimagine a lot of what we have done in the past for a mobile and cloud-first world, and do new things.

We are the only ones who can harness the power of software and deliver it through devices and services that truly empower every individual and every organization. We are the only company with history and continued focus in building platforms and ecosystems that create broad opportunity.

Qi Lu captured it well in a recent meeting when he said that Microsoft uniquely empowers people to "do more." This doesn't mean that we need to do more things, but that the work we do empowers the world to do more of what they care about - get stuff done, have fun, communicate and accomplish great things. This is the core of who we are, and driving this core value in all that we do - be it the cloud or device experiences - is why we are here.

What do we do next?

To paraphrase a quote from Oscar Wilde - we need to believe in the impossible and remove the improbable.

This starts with clarity of purpose and sense of mission that will lead us to imagine the impossible and deliver it. We need to prioritize innovation that is centered on our core value of empowering users and organizations to "do more." We have picked a set of high-value activities as part of our One Microsoft strategy. And with every service and device launch going forward we need to bring more innovation to bear around these scenarios.

Next, every one of us needs to do our best work, lead and help drive cultural change. We sometimes underestimate what we each can do to make things happen and overestimate what others need to do to move us forward. We must change this.

Finally, I truly believe that each of us must find meaning in our work. The best work happens when you know that it's not just work, but something that will improve other people's lives. This is the opportunity that drives each of us at this company.

Many companies aspire to change the world. But very few have all the elements required: talent, resources, and perseverance. Microsoft has proven that it has all three in abundance. And as the new CEO, I can't ask for a better foundation.

Let's build on this foundation together.

Satya

Outros links interessantes comentando a Visão de Nadella para a grande Microsoft que parece precisará encolher passando a faca em 18.000 colaboradores. 

Microsoft to slash 18,000 jobs in deepest cuts in tech giant's history

Microsoft is embarking on the deepest cuts to its workforce in its 39 year history, axing 18,000 jobs over the next year, as it absorbs its newly acquired Nokia phone business and takes out layers of management.


The new boss of the US company is cutting one in seven of the tech giant’s 127,000 global workforce as it attempts to integrate the Finnish business it acquired in April for $7.2bn."

Satya Nadella’s Vision For A New Microsoft

Nadella’s Challenge Is to ‘Reinvent Productivity’ — and Microsoft