A Gillette precisa de uma inovação radical ou alguém vai criar uma nova Curva-S logo e colocar o símbolo dos aparelhos de barbear fora do jogo.
A curiosidade que escolhi para este post é especialmente pelo seu simbolismo que exemplifica o dilema de um inovador de primeira linha, é o case da líder Gillette, comprada pela Procter&Gamble em 2005. O dilema criado pela inovação não é disruptivo, porém ela é uma ameaça de um ponto de vista de limites de performance da inovação, seguindo a lógica da famosa Curva-S.
Na briga pelo market share o principal concorrente, a Schick, lançou um produto que causou uma reação da Gillette, lançando uma inovação, que podemos dizer bastante reativa. Em 2006 a Schick lançou a linha Quattro, com 4 laminas, em resposta a Gillete lançou a linha Fusion com 5 laminas.
Quando eles vão parar?
Normalmente os objetivos deste tipo de produto são orientados a realizar uma tarefa do cliente com determinados indicadores, que são eficácia em retirar os pelos da barba e o quão rápido isto é realizado. Outras tarefas são exigidas, porém estas são as prioritárias como usuário que sou. Não acredito que o Mach3 ou Mach3 Turbo não consigam realizar esta tarefa para o cliente de forma efetiva. Também, percebo que o jogo competitivo criou uma nova regra com uma orientação que é aumentar o número de laminas e outros atributos secundários para combater o concorrente e não ficar atrás. Por outro lado também percebo que estas estratégias não consideram que as principais camadas do mercado estejam sendo servidas em excesso (Overserved).
Uma janela para inovação radical e disruptiva foi aberta !
Por ordem de esquerda a direita: Gillette Fusion Power, Gillette m3power, Mach3Turbo, Schick Quattro Chrome, Schick Quattro Power, Gillette Mach3, Gillette Sensor, Schick Xtreme3 System, Schick Xtreme3 SubZero y recambios de Schick Xtreme3.
A próxima curva S são os barbeadores eletrônicos, já fazem a barba muito bem, seco ou molhado em menos de 3 minutos (veja os da panasonic e Braun por exemplo)
ResponderExcluirSr ou Sra/Sta anônimo, primeiro desculpa pelo demora em responder seu comentário.
ExcluirHá vários anos (mais de 60 anos) que os barbeadores elétricos fazem parte do mercado de produtos e que são contratados para realizar a tarefa de retirar pelos. Estes aparelhos os considero produtos praticamente de nicho e exclusivamente orientado para o mercado high-end que aceitam um determinado desempenho.
Substituir o que os aparelhos com facas superando a sua proposta de valor com relação à solução de retirar pelos e o respectivo desempenho(custo/valor) exige algo surpreendente. Acredito que o conceito dos aparelhos elétrico deveriam mudar radicalmente do ponto de vista de solução e tecnologia para se tornarem substitutos. A curva S destes produtos está em ponto de deflexão também e alncançaram os seus limites tecnológicos. Talvez o que precisa é maior penetração no mercado (marketing), escala e ser fabricado particularmente no Vietnam (a China está ficando cara) para reduzir custo unitário e se tornar um substituto convincente pelo seu desempenho.
Muito obrigado pela participação
Carlos, você se baseou em algum estudo para desenvolver essa curva S? Você publicou em mais algum lugar? Eu gostaria de ler mais a respeito.
ResponderExcluirParabéns pelo texto. Abs
Bruno, este trabalho é simplesmente um gráfico e puramente empírico.
ExcluirO post foi criado mais com o objetivo de esclarecer o significado dos limites de muita tecnologias e que muitas vezes os fabricantes insistem em manter e ir ao limite extremo da curva e insistem em incrementos (mais facas) tentando dar fôlego ao produto.
Outro ponto é mostrar que existe um janela para uma nova curva ser criada. Quem conseguir sair do paradigma das facas e é claro uma barbear mais fácil e que dure mais, menos agressivo, saudável e um produto sustentável pode criar um valor de mercado considerável e assim bilhões de dólares irão migrar fácil fácil.