sábado, 29 de janeiro de 2011

Será que um rapper ajudará a Intel a ser mais criativa?

Ultimamente a Intel nomeou o homem à frente do Black Eyed Peas o famoso will.i.am como seudiretor de inovação criativa. Will.i.am tem estado na vanguarda da revolução digital na produção e distribuição de música. A Chief Marketing Officer da Intel Deborah Conrad disse que sua visão vai influenciar a pesquisa e desenvolvimento da Intel, bem como o branding. Ela disse "É uma espécie de um grande campo verde que vamos atravessar correndo, e eu não gostaria de colocar quaisquer limite nisto". (Ver reportagem)

A indústria da música passa por uma transição graças ao surgimento de uma diversidade de inovações nos modelos de negócio e tecnologias e o Black Eyed Peas com will.i.am tem conseguido se sair muito bem da encruzilhada e dilemas no setor.


A notícia mostra que de todas as alternativas disponíveis para lidar com a inovação a Intel mostra que não existem restrições, deixando claro que o princípio governante é que o setor de tecnologia é constantemente ameaçado pelas descontinuidades aceleradas e destrutivas da inovação e que é necessário agir experimentando coisa nunca pensadas. A Intel tem em seu currículo inovações emblemáticas e que dentro da classificação de Foster & Kaplan, o case Intel é de uma inovação transformacional e que se tornou um sucesso de como sobreviver no mundo das descontinuidades. Intel de cima a embaixo precisaram passar por uma mudança radical dos modelos mentais e reconhecer a realidade impiedosa da descontinuidade gerada pelos mercados. Resumindo Intel conseguiu sair vitorioso caindo fora do setor de memória DRAM (setor no qual era líder absoluto, altamente lucrativo e que comoditizou com a entrada dos fabricantes japoneses que inflacionaram o setor) entrando e tornando-se no novo e disruptivo fabricante de microprocessadores para PC´s.


domingo, 16 de janeiro de 2011

Lâmpadas incandescentes fora em 2016


Em abril de 2009 escrevi um post na tentativa de participar e conscientizar sobre a necessidade de forçar a descontinuidade das lâmpadas incandescentes pelo menos pelas Compact Fluorescent Lamp (CFL), que atualmente são 80% mais eficientes em desempenho e rápido ROI em função do custo-benefício. Nesta altura do desenvolvimento e evolução das tecnologias acredito que a essa altura deveria ser proposto a substituídas por lâmpadas LED que seria o ideal. Não sou radical me considero um verde razoável, qualquer coisa é melhor que as incandescentes, mais de um século para substituir esse aquecedor global que reconheço que também ilumina (desde 1879) !?

Como comentei em 2009 os mercados são ainda pouco sensíveis com as questões ambientais. As Philips, GEs e as outras duas dominantes do setor estão nem aí com isto que é possível conviver com o meio ambiente e ganhar dinheiro. O retorno que eles tinham que tirar com o invento e investimentos para produzir as incandescentes já foi a muito tempo. Somente com decretos poderão forçar a retirada das incandescentes do mercado. Como foi em outros países no Brasil não está sendo diferente, o governo precisou iniciar o processo. Leiam a página do governo aqui.

Decretos somente não solucionam toda a problemática da substituição. Os preços das lâmpadas CFL e as incandescentes são muito diferentes, mais de 400% a 500% no varejo. É claro que a economia resultante de
menor consumo de energia é o principal argumento para mudar, como também o rápido retorno em função da economia na conta de luz. Alguns países promoveram a substituição por meio de auxílio financeiro na troca das lâmpadas. Imaginem que a companhia fornecedora de energia substitua todas as lâmpadas da sua casa e desconte as diferenças na conta de luz de forma gradual, essa pode ser uma forma. Para isso acontecer somente com políticas públicas. Porém podemos prever com isso uma possível ameaça que as economias no consumo podem levar a um aumento no preço da energia, visto que as receitas das empresas de energia elétrica cai e isso é um fato. No sul
do Brasil temos ONGs que estão realizando a troca gratuíta em comunidades carentes, não tem sido uma tarefa simples. O governo também pode promover a substituição das fábricas de lâmpadas Incandescentes por novas linhas CFL, incentivando o aumentando da escala com o foco de diminuir o custo unitário. Novas regras de concorrência e incentivos para quem produzir melhor ganha. Por outro lado incentivos fiscais ou usar de outros mecanismos ou alternativas para baixar os preços. O fator de escala é o principal e deve ser o item a atacar desde já. O único que me preocupa é que o povo não pague o preço da substituição e o governo e as empresa fiquem com as economias e os lucros.
É claro que o balanceamento da equação não é muito complicada. As CFL custam mais, porém são muito mais duráveis (MTTF maior), mais econômicas e isso soluciona grande parte da modelo econômico financeiro da transição. Acredito muito que o varejo e os fabricantes devem participar mais ativamente e responsáveis no processo, como é o engajamento da Wal-Mart e IKEA nos Estados Unidos. Os grupos dominantes do varejo brasileiro podem se tornar nos principais agentes da mudança, e com uma convincente campanha os consumidores poderão puxar favoravelmente neste sentido de fazer a coisa certa.

O designer Sergio Silva criou esta peça muito singular e criativa, usando as velhas lâmpadas de Edson. Gostou são U$ 650,00 pela obra.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Os 5 Mitos da Inovação de Birkinshaw Julian, Bouquet Cirilo e J.-L. Barsoux

Os 5 Mitos da Inovação é uma leitura muito interessante por apontar o que a tempo consideramos como alguns dos grandes fatores de sucesso de empresas inovadoras. O paper descreve o resultado de uma pesquisa de três anos com empresas líderes de tamanho XG e mostra que na prática a coisa não é bem assim.

Os cinco mitos são:

Mito n º 1. O momento do Eureka

Mito n º 2. Construa-o e eles virão

Mito n º 3. A inovação aberta é o Futuro

Mito n º 4. Pagar é fundamental

Mito n º 5. Inovação Bottom-Up é a melhor



Para ler o artigo abrir o link do MITSloan Management Review. Para quem prefere uma ajuda com o inglês recomendo abrir o arquivo no Browser Chrome. Para baixar o Chrome veja aqui.

Boa leitura

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

ASUS o grande ganhador do CES 2011

Há seis meses atrás assisti uma entrevista com Jerry Shen, CEO da ASUS de Taiwan. Um sujeito peculiar e me pareceu uma pessoa muito confiante em que a ASUS daria o que falar num futuro próximo com inovações de peso. No obstante a um bom tempo ela vem surpreendendo o mundo com inovações de alto nível. Em 2007 Jerry Shen surpreendeu todos quando esta comandou o lançamento inovador dos netbooks no mercado mundial. Criou uma nova forma de ver o mercado de computadores portáteis. Alias no momento que vi um netbook percebi o conceito revolucionário do computador idealizado por Negroponte e colaboradores na batalha de inclusão digital global, com a meta visionária e impressionante de um computador para cada criança na escola. Aposto que os criadores do netbook da ASUS conseguiram enxergar além dos limites do setor graças a Negroponte.
Para aqueles calejados no mundo da montagem de computadores a ASUS sabem que é uma das fabricantes líderes de motherboards. Por muito tempo foi conhecida como mais um dos fornecedores e mesmo OEM de placas. Na busca de maior valor seguiu para onde o dinheiro vai no mercado da tecnologia, entrou no mercado de notebooks e não parou mais de criar novos produtos e gadgets.
A empresa atualmente possui um staff de mais de 10.000 colaboradores, uma equipe de 3.000 engenheiros dedicados a P&D e uma receita anual aproximando os U$10 bi. Este ano veio cheia de novidades para o mercado de eletrônicos. Neste início de ano bteve oito prêmios de inovação na Consumer Electronics Show CES 2011 em Las Vegas, constituindo-se na grande ganhadora do setor. As novidades da ASUS são surpreendentes quando olhamos tecnologia e fatores diferenciadores. A ASUS é um belo exemplo de como a inovação contínua conseguem trazer uma empresa que se continua-se fazendo o que desde o início fez poderia ser conduzida mortalmente à comoditização. A Inovação como fator competitivo é uma opção estratégica que realmente importa neste setor e outros semelhantes.

A ASUS formulou sua estratégia de posicionamento e operação baseado na seguinte lógica:

Para isto os componentes de seu modelo são descritos na casa ASUS que descreve seu DNA:


Primero, os valores na base, Humildade, Integridade, Diligência, Agilidade e Coragem, percebemos coerência com outros componentes do modelo, ou as colunas da casa: Inovação e Estética, Pensamento Lean, Foco nos Fundamentos e Resultados, que representam os eixos para alcançar a sua Visão de Futuro. Cultura, modus operandi e Sistema Operacional é o que muitas vezes se deixam de lado por parecerem simples teoria. Mais como sabemos sem teoria de negócios seria impossível uma empresa como a ASUS chegar ao nível que chegou. Lembrar sempre um conceito fundamental, se a Embraer não domina-se as teorias de mecânica dos fluidos, aerodinâmica, avionica, engenharia de materiais e outras teorias importantes de engenharia aeronáutica os seus aviões não sairiam do chão, não é mesmo? Por isso domínio das teoria de gestão é fundamental, sem dominar os negócios não levantam.

Gosto da proposta ASUS, é simples, direta e tem muito sentido para o que a empresa se torna e mostra o porque está ganhando o seu espaço no mercado de alta competitividade.