domingo, 16 de janeiro de 2011

Lâmpadas incandescentes fora em 2016


Em abril de 2009 escrevi um post na tentativa de participar e conscientizar sobre a necessidade de forçar a descontinuidade das lâmpadas incandescentes pelo menos pelas Compact Fluorescent Lamp (CFL), que atualmente são 80% mais eficientes em desempenho e rápido ROI em função do custo-benefício. Nesta altura do desenvolvimento e evolução das tecnologias acredito que a essa altura deveria ser proposto a substituídas por lâmpadas LED que seria o ideal. Não sou radical me considero um verde razoável, qualquer coisa é melhor que as incandescentes, mais de um século para substituir esse aquecedor global que reconheço que também ilumina (desde 1879) !?

Como comentei em 2009 os mercados são ainda pouco sensíveis com as questões ambientais. As Philips, GEs e as outras duas dominantes do setor estão nem aí com isto que é possível conviver com o meio ambiente e ganhar dinheiro. O retorno que eles tinham que tirar com o invento e investimentos para produzir as incandescentes já foi a muito tempo. Somente com decretos poderão forçar a retirada das incandescentes do mercado. Como foi em outros países no Brasil não está sendo diferente, o governo precisou iniciar o processo. Leiam a página do governo aqui.

Decretos somente não solucionam toda a problemática da substituição. Os preços das lâmpadas CFL e as incandescentes são muito diferentes, mais de 400% a 500% no varejo. É claro que a economia resultante de
menor consumo de energia é o principal argumento para mudar, como também o rápido retorno em função da economia na conta de luz. Alguns países promoveram a substituição por meio de auxílio financeiro na troca das lâmpadas. Imaginem que a companhia fornecedora de energia substitua todas as lâmpadas da sua casa e desconte as diferenças na conta de luz de forma gradual, essa pode ser uma forma. Para isso acontecer somente com políticas públicas. Porém podemos prever com isso uma possível ameaça que as economias no consumo podem levar a um aumento no preço da energia, visto que as receitas das empresas de energia elétrica cai e isso é um fato. No sul
do Brasil temos ONGs que estão realizando a troca gratuíta em comunidades carentes, não tem sido uma tarefa simples. O governo também pode promover a substituição das fábricas de lâmpadas Incandescentes por novas linhas CFL, incentivando o aumentando da escala com o foco de diminuir o custo unitário. Novas regras de concorrência e incentivos para quem produzir melhor ganha. Por outro lado incentivos fiscais ou usar de outros mecanismos ou alternativas para baixar os preços. O fator de escala é o principal e deve ser o item a atacar desde já. O único que me preocupa é que o povo não pague o preço da substituição e o governo e as empresa fiquem com as economias e os lucros.
É claro que o balanceamento da equação não é muito complicada. As CFL custam mais, porém são muito mais duráveis (MTTF maior), mais econômicas e isso soluciona grande parte da modelo econômico financeiro da transição. Acredito muito que o varejo e os fabricantes devem participar mais ativamente e responsáveis no processo, como é o engajamento da Wal-Mart e IKEA nos Estados Unidos. Os grupos dominantes do varejo brasileiro podem se tornar nos principais agentes da mudança, e com uma convincente campanha os consumidores poderão puxar favoravelmente neste sentido de fazer a coisa certa.

O designer Sergio Silva criou esta peça muito singular e criativa, usando as velhas lâmpadas de Edson. Gostou são U$ 650,00 pela obra.

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