Nos anos de 1970 é o caso do Projeto Gutenberg, iniciativas de aproximação do mundo digital dos bytes e dos livros físicos, deram origem ao livro eletrônico. Lembro nos anos de 1990 no início da internet e dos primeiros resultados impressionantes nos laboratórios do MIT procurando dominar a tecnologia do e-Ink. Hoje esta tecnologia está plenamente em uso em produtos como o Kindle da Amazon e Sony Reader e o Kobo e-reader e de muitos outros fabricantes. No obstante o mundo da tecnologia e principalmente os poderosos do Silicon Valley não ficam parados contemplando o que vai acontecer, enxergaram longe e assim veio junto o aprimoramento da proposta dos tablets com todo um pacote de aprimoramento de tecnologias existentes porem inovando radicalmente como nas telas LCD e LED, baterias de alta performance e uma configuração e design matador capitaneada pela Apple que traz uma nova forma de interagir, ler, pesquisar, relacionar-se. O iPad da Apple se torna rapidamente o design dominante, como também concebe um ecosistema para mais inovações. O seu conceito está realmente afetando o processo criativo de empresas e empreendedores. Por exemplo eu particularmente vejo que o design do iPad se integra e se adéqua bem melhor ao que muitos esperavam um candidato à altura para suceder o design do velho PC mesmo os notebooks e netbooks. As nossas novas formas de ver o trabalho, o nosso cotidiano, relações em rede social se combinam melhor ao novo conceito e se encaixa às tarefas que as pessoas desejam realizar.
O sinal Schumpeteriano de destruição criativa é esplícito com a quebra da mega cadeia BORDERS com mais de U$ 500 milhões em dívidas e possível fechamento de grande parte de suas 674 lojas somente nos Estados Unidos. Mostrando o poder de destruição das inovações, que neste caso atacou impiedosamente a estrutura de custos e o fluxo de receitas do negócio em agonia. A Borders como qualquer líder de mercado quando enfrenta este tipo de situação monta barreiras de resistência no mundo legal na busca por saídas, primeiramente como premeditado veio a negação alegando que o problema foi provocado pela crise financeira americana, que na realidade somente acelerou o processo gerado pelas inovações no entorno. Barnes and Noble da mesma maneira buscou seguir o líder apostou alto combatendo usando uma a internet como mais um canal, enquanto que o problema central está no modelo de negócio onde Amazon.com é realmente o rei do pedaço. A teoria prevê este comportamento e os efeito da destruição criativa é implacável e como aconteceu com outros negócios titulares que foram conduzidos gradualmente à obsolescência de seus modelos de negócio em função das inovações que gradualmente melhoraram em desempenho e superam muitas vezes os líderes titulares que em alguns casos fazem o que deve ser feito. Mas em outros casos dormem no ponto porque acreditam que amanhã será igual do que hoje.
Na realidade alguns consultores e acadêmicos tem dado o alerta desde no final dos anos 1990. Foster e Kaplan (Destruição Criativa), como também Christensen e associados (Inovação Disruptiva), estão entre os autores que comprovaram os padrões e desenvolveram modelos para entender o dilema. Os autores usando fatos e dados por pesquisa bastante convincentes demonstram que é necessários tomar cuidado e assumir iniciativas na hora certa. Mesmo assim ainda vemos alguns líderes titulares sucumbir aos efeitos das inovações. Por isso para que não digam que não avisei este posto com um sinal inquestionável é uma chamada para os outros começar a fazer o dever de casa. Mesmo assim, não se iludam veremos isso acontecer com nossas livrarias no país daqui a um tempo, é uma pena, mas que vai acontecer vai.
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